Real Madrid vs Barcelona
Ronaldinho Gaúcho, um dos maiores gênios da história recente do futebol, teve várias atuações de gala. Contra grandes, médios e pequenos times, de todas as partes do mundo. Mas se tem um jogo inesquecível desse rapaz, esse jogo aconteceu pela 12ª rodada do campeonato espanhol, em 19 de novembro de 2005.
Ronaldinho tinha ganho o prêmio de melhor do mundo no ano anterior, e ganharia novamente nesse, e certamente esse jogo foi um grande influenciador para os votantes.
REAL MADRID:
BARCELONA:
Em um clássico que reunia estrelas de ambos os lados, foi Ronaldinho quem mais brilhou. Já aos nove minutos, soltou um lindo lançamento que parou no peito de Eto’o na grande área, e que só não resultou em gol graças a pesada marcação de Sérgio Ramos, que viria a sofrer com o brasileiro no decorrer do jogo. Mas foi o Camaronês quem abriu o marcador, recebendo um passe do jovem Messi, para chutar no canto esquerdo de Casillas, aos 15 do primeiro tempo. Um gol que com certeza teve um gostinho especial para o atacante, pois ele havia sido rejeitado pelo time Merengue um pouco antes daquela mesma temporada.
Durante a primeira etapa, Ronaldinho não marcou. Entretanto não deixou de encantar os amantes do futebol, infernizando qualquer marcador, principalmente os defensores do lado esquerdo do time de Madrid. Foi por lá que Ronaldinho achou espaço para marcar seus dois gols. O primeiro deles, o segundo do Barça, saiu aos 14 do segundo tempo. Usando de toda sua excepcional velocidade, veio trazendo a bola, se livrou de Ramos, e deixou Helguera sem ação, mandando para o fundo do gol.
O brasileiro não contou apenas com seu talento para ser o astro do jogo, mas também com o apagão sofrido pelo Real Madrid de Vanderlei Luxemburgo, durante todos os 90 minutos. Um Real Madrid que contava com Zidane, Ronaldo, Raúl, Beckham e Robinho, segundo informavam suas camisas, porque reconhece-los pelo futebol apresentado naquele jogo, estava difícil.
O tento que pregou a tampa do caixão não poderia ser mais emblemático. Aos 32 do segundo tempo, o melhor do mundo, Ronaldinho, encenou um replay de seu primeiro gol. Puxou um lindo contra-ataque novamente pela esquerda, deixando Sérgio Ramos mais uma vez na saudade, e não dando sequer tempo para Helguera se impor no lance, 3×0.
Ronaldinho marcava assim, seu oitavo gol na liga espanhola da qual se sagraria campeão naquele ano, e conquistava o inacreditável: os aplausos, de pé, da torcida arquirrival, em um Bernabéu lotado.