Manchester United vs Arsenal
Para inaugurar a seção de jogos históricos do meu blog, nenhuma escolha poderia ser melhor do que o jogo que fechou um ciclo de uma geração do time do Arsenal que ficou conhecida como the invincibles (os invencíveis). Geração, essa, que me apresentou ao futebol apaixonante. Foi a partir dessa sequência de jogos que eu notei a elegância e a beleza do futebol bem jogado por jogadores de qualidade e me empolguei para estudar e acompanhar o esporte de todos os seus ângulos.
O Arsenal vinha de um título da Premier League invicto e no total estava a um jogo de completar 50 jogos sem perder na liga. E o embate de número 50 é exatamente o tema deste post, Manchester United contra Arsenal, 24 de outubro de 2004.
Arsenal não tinha ficado 49 jogos sem perder na Premier League por sorte. O time tinha uma boa estabilidade defensiva e jogadores do meio para a frente muito técnicos. Principalmente Henry que estava no auge e Bergkamp que compensava a idade com seu apurado futebol.
Enquanto os Red Devils contavam com o reforço de um jovem inglês chamado Rooney, que tinha acabado de chegar do Everton com status de promessa, mas logo foi provando em jogos como esse que seria muito mais do que isso.
O jogo era bem esperado por ambos os lados, cada um por seus motivos. O Arsenal esperando chegar a 50 jogos sem perder no Campeonato inglês, para aumentar seu recorde, e o Manchester United recebendo os Gunners pela primeira vez em seu estádio depois do jogo conhecido como a batalha de Old Trafford, na temporada anterior, quando Van Nistelrooy poderia ter acabado com a sequência de jogos invicta do Arsenal mas perdeu um pênalti no fim e foi agredido por vários jogadores do time londrino após perde-lo. Então desde o início já se sabia que o jogo pegaria fogo.
ARSENAL:
MANCHESTER UNITED:
Ironicamente o primeiro gol do jogo foi marcado exatamente de pênalti por Nistelrooy. Pênalti inexistente de Sol Campbell cavado pelo garoto Rooney. Mas o juiz viria a compensar sua falha não marcando outro pênalti, dessa vez legitimo, de Ashley Cole em Cristiano Ronaldo.
O segundo gol saiu no fim do segundo tempo. Rooney, mostrando que veio para ser protagonista, marcou depois do passe de outra jovem contratação também considerada promessa do futebol inglês, mas que não conseguiu vingar como o “Shrek”, Alan Smith.
No fim do jogo, Sir Alex Ferguson foi tirar satisfações com Wenger pois alguns de seus jogadores reclamaram que o treinador francês não aceitou muito bem a derrota e não foi muito cortês para com alguns deles. Quando se aproximou, já no túnel dos vestiários, Ferguson foi recebido à pizzadas por um jogador do Arsenal não conhecido à época, mas que mais tarde se revelou ser Cesc Fabregas.
Desse, no mínimo, curioso fato, saiu o apelido do confronto: A batalha do Buffet.